terça-feira, 11 de outubro de 2016

"Eurásia precisa de uma ideologia, para combater contra o regime nazi-EUA em Kiev"

Da série: Brasil de Temer-Meirelles chegará (rapidamente) ao ponto em que a Ucrânia está hoje


07/10/2016, Mikhail Ryabov, Fort Russ News (de PolitNavigator), trad. ru-ing. J. Arnoldski








A União Eurasiana precisa de uma ideologia que permita aos países participantes evitar uma repetição dos eventos trágicos que se desenrolam na Ucrânia. Esse foi o tema da intervenção de Sergey Glazyev, economista e conselheiro de Putin, no Clube Bizantino em Moscou.

Glazyev elaborou:

“Os primeiros sucessos econômicos da União Aduaneira refletiram-se no rápido crescimento do comércio e dos investimentos mútuos nos países membros. Contudo, observam-se algumas dificuldades para que a integração eurasiana avance, e essas dificuldades estão associadas à ausência de uma ideologia comum.
Interesses econômicos comuns são, é claro, ótimos para criar uniões econômicas. Mas, como a experiência da Ucrânia mostra, não bastam. Afinal, a Ucrânia foi o país que mais se beneficiou da intergração eurasiana.
E hoje a Ucrânia está ocupada por fantoches que professam a ideologia do nazismo e conduzem aquele país não na direção de uma Ucrânia Soviética, nem na direção do Império Russo, nem na direção do Império Bizantino, mas na direção de um governo nacionalista em tudo semelhante ao que se viu em 1918-1919, que levou à ocupação por tropas de Hitler, quando os líderes-vassalos fantoches ucranianos eram empossados pelos fascistas, mas aclamados como se tivessem sido escolhidos pelo povo.
O regime da ocupação norte-americana que está no poder hoje na Ucrânia impôs a uma população de 40 milhões de pessoas um modelo de estado absolutamente suicida e desvantajoso, sem raízes históricas, que é oposto à nossa ideia de integração eurasiana. Num esforço para impor esse modelo, já mataram 100 mil pessoas, reprimiram pela força cerca de 1 milhão, muitas das quais foram obrigadas a deixar a Ucrânia.
A intervenção norte-americana, capturou, primeiro, o espaço informacional na Ucrânia; depois, o espaço educacional e cultural, o que levou à formação de uma nação até então jamais vista, fundada numa ideologia nazista, russofóbica, que representa historicamente 5% da população do território. Pois conseguiram impor essa ideologia a todo o país, servindo para tanto do apoio dos norte-americanos.
Assim se vê que simples argumentos econômicos e a ideia do "vivamos juntos e ajudemos uns os outros" são evidentemente insuficientes. A Ucrânia já caminha a passos largos pela trilha do suicídio econômico, com genocídio contra a maioria da sociedade.
O que se passa lá enfrenta obviamente a resistência de grande parte da sociedade. Mas a elite governante é cega, insensível e dedicada a impor valores anti-humanidade, por meios violentos e movida por ganância ilimitada. Infelizmente, tem sido bem-sucedida" – disse Glazyev.

Na opinião de Glazyev, "a integração eurasiana carece de algum tipo de filosofia" que não se deixe "simplesmente limitar à do Cristianismo Ortodoxo". Glazyev lembrou que as repúblicas centro-asiáticas têm populações predominantemente muçulmanas; e que a China é mantida coesa por seu específico tipo de pensamento filosófico."******





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